segunda-feira, agosto 29, 2011

Annie Besant



Época vitoriana, Londres do século XIX, período em que muitos fatos marcaram a história. Política, filosofia, ciência, religião e arte sofriam grandes transformações, fortemente influenciadas pela Revolução Francesa e seu conceito de liberdade, além das pressões mecanicistas da Revolução Industrial e materialistas da Ciência Moderna.
Neste cenário, muitas personalidades de peso desenvolveram novos e revolucionários conceitos. Também travaram muitas baltalhas, todas em defesa de uma nova sociedade, mais harmoniosa e íntegra, onde a espiritualidade seria vivenciada em todos os sentidos e seria reconhecida em todas as coisas.


Annie Besant foi uma das mais importantes revolucionárias dos séculos XIX e XX, pois esteve engajada em movimentos políticos, filosófios e religiosos. Na juventude se rebelou contra o marido, Frank Besant, que era um clérigo anglicano de ideais conservadores. Com ele teve um casal de filhos, mas pouco viveu com eles devido o divórcio e suas lutas políticas que resultaram na perda da guarda.
Besant discordava da moral vigente que impunha um comportamento restritivo à mulher. Possuía um forte senso de dever para com a sociedade e a percepção de um equilíbrio de forças, onde as mulheres seriam autônomas e independentes na mesma proporção dos homens. Além disso, defendia as classes menos favorecidas, como os trabalhadores rurais e os operários, a liberdade de pensamento, os direitos iguais, o controle de natalidade, entre tantas outras causas.
No jornal National Secular Society escrevia uma coluna semanal, onde expressava suas idéias de liberdade e reforma social. Foi esta a porta que lhe abriu oportunidades para proferir inúmeras palestras e conferências. Nesta fase Annie Besant viajava pela Inglaterra e logo tornou-se uma notável oradora.
Descendente de irlandeses e insatisfeita com a situação política-diplomática do Reino Unido, era militante de causas socialistas e contrária ao preconceito e intolerância étnica em voga. Em 13 de Novembro de 1887 houve uma manifestação de protesto de um grupo de esquerda, o Federal Radication, no qual Annie Besant estava presente para uma de suas palestras. O evento é conhecido como “Domingo Sangrento”, pois tormou-se palco para uma guerra entre policiais e civis, causando muitas mortes.
Uma das primeiras feministas da Idade Contemporânea, criou uma comissão que defendia os direitos das mulheres como o voto, o trabalho e a educação. Organizou greves, protestos e manifestações pacíficas; teve apoio de muitos militantes e teve êxito ao criar um sindicato em defesa desses direitos.
Grande questionadora da religião cristã, tinha interesse na mística e no esoterismo. Estudava profundamente as correntes filosóficas das escolas iniciáticas, seu maior objeto de estudo era a maçonaria. Conhecia muitos adeptos e através de sua influência acabou por fundar a Loja da Maçonaria Mista Internacional Le Droit Humain em 1902.






Em 1889, a Pall Mall Gazete convidou Annie Besant para escrever uma resenha sobre a Doutrina Secreta, em Paris, quando teve a oportunidade de entrevistar a então controversa figura de Madame Blavatsky. A partir deste momento Annie Besant passa a ser uma das maiores e mais influentes ocultistas do mundo.
Logo após tornar-se membro da Sociedade Teosófica, foi para a Índia e passou a se dedicar quase que exclusivamente à Teosofia, pois foi ativamente defensora da liberdade e do progresso da Índia. Com Charles Webster Leadbeater desenvolveu vários estudos relacionados ao universo, nos ramos da química, da matéria, das formas-pensamento e da clarividência.
Annie Besant fundou a Central Hindu College, onde os garotos viviam como monges e estudavam as escrituras hindus e ciência moderna. Alguns anos após, o local passou a ter stauts de univesidade.
Besant e Leadbeater conheceram Jiddu Krishnamurti em 1909, quando ele tinha apenas catorze anos. Acreditavam que ele seria um grande mestre de sabedoria espiritual e passaram a educá-lo e treiná-lo para que cumprisse sua missão. Compartilharam uma amizade longa e profunda, de elos estreitos, mesmo com divergências de pensamentos.
Krishnamurti considerava Annie Besant como uma mãe, uma função aceita por ela com satisfação, já que o rapaz perdera a mãe biológica aos dez anos, e ela, a guarda dos filhos. Mantiveram seua laços fortes e estreitos até 1933, ano em que Besant faleceu na Índia, em Adyar. Seu corpo foi cremado, conforme era seu desejo.

2 comentários:

  1. GOSTARIA DE SABER COMO PASSAR PARA FUNDO BRANCO. MOTIVO: ESTOU COM DIFICULDADE DE LEITURA.
    GRATO PELA ATENÇÃO
    MONTEIRO

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  2. olá VC pode copiar e colar no word bjks

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