terça-feira, dezembro 11, 2012

OFERENDAS A ORIXÁS




OFERENDAS DOS ORIXÁS
 Oferenda para Esù.
Material: Farinha; Azeite de dendê; Mel de abelha; Farinha de milho branco; Fígado, coração e bofe de boi; Cebola; Camarão seco socado; Um alguidar.
Modo de fazer: Faça uma farofa com dendê, uma com mel e uma com água, separadamente. Faça o acaça branco cozinhando a farinha de milho em água, deixe a massa bem consistente, depois coloque em um pedaço de folha de bananeira e enrole. Deixe esfriar. Corte os miúdos de boi em pedaços pequenos e coloque para refogar com dendê, cebola, um pouco de sal, o camarão e rodelas de cebolas. Coloque as farofas no alguidar sem misturar muito, ponha o refogado de miúdos sobre a farofa e coloque o acaça no centro. Oferece-se para Exú pedindo o que se quer. Coloque em uma praça bem movimentada.
Oferenda para Ògùn.
Material: 1 inhame; Azeite de dendê; Mel de abelhas; 1 palma de dendezeiro (mariwo), pode ser de coqueiro caso não ache o dendezeiro; 1 vela branca.
Modo de fazer: Asse o inhame. Retire os talinhos das folhinhas da palma do dendezeiro. Depois que o inhame esfriar monte-o enfiando os talinhos em toda o corpo do inhame, escreva o nome da pessoa que se deseja ajudar em um prato branco e coloque o inhame em pé sobre o nome, coloque o mel e um pouco de dendê sobre o inhame e os talinhos . Pede-se o desejado à Ogum. Coloque próximo ao portão da casa que se fez a oferenda.
Oferenda para Osòsì.
Material: 1 milho verde com casca; Milho vermelho em grãos; melado de cana; Coco; 1alguidar.
Modo de fazer: Cozinhe o milho vermelho e coloque dentro do alguidar, desfie a palha do milho verde deixando apenas o milho descoberto e as palhas desfiadas penduradas, desfiar sem arrancar a palha do milho. Corte o coco em fatias finas e enfeite sobre o milho cozido, coloque o milho verde em pé sobre o coco, apontado para cima e com as palhas escondendo os grãos e o coco que ficarão em baixo. Coloque em cima da casa ou em um lugar alto pedindo à Oxóssi o que se quer.
Oferenda para Osànyin.
Material: Batata doce; Cebola; Azeite de dendê; 1 alguidar
Modo de fazer: cozinha-se a batata-doce apenas em água. Depois, descasca-se e amassa-se feito purê. Aí, mistura-se num refogado de cebola ralada com azeite de dendê e coloca-se tudo no alguidar. Coloque próximo a plantas e faça seus pedidos.
Oferenda para Ómòlù
Material: Milho de pipocas; Areia de praia; 1 alguidar; 1vela branca.
Modo de fazer: Este é o prato mais comum oferecido à Obaluaye ou Omolú. Coloque a areia de praia em uma panela e deixe esquentar, depois de quente coloque o milho de pipoca para estourar nesta areia. Quando estiver estourado, coloque o milho no alguidar e está pronta a oferenda, faça seus pedidos à esse grande Òrìsà.
Oferenda para Sàngò.
Material: 12 quiabos; mel de abelhas; azeite de oliva; água; 1 tigela branca.
Modo de fazer: Corte os quiabos em rodelas finas, coloque na tigela com água, ponha um pouco de mel e um pouco de azeite por cima e mexa com as mãos até que se forme uma baba viscosa, enquanto estiver amassando com as mãos vá pedindo o que se quer à Xangô, Depois coloque em um lugar alto .
Oferenda para Osùmarê.
Material: Feijão fradinho; Milho vermelho em grãos; Cebola; Azeite de dendê; 1 prato colorido.
Modo de fazer: Cozinha-se o feijão fradinho em água. Separadamente, cozinha-se o milho vermelho também em água. Depois, juntar o feijão e o milho, misturar bem e depois colocar num refogado de cebola ralada e azeite de dendê que deverá estar pronto. Coloque no prato e coloque próximo as plantas oferecendo a Oxumarê e fazendo seus pedidos.
Oferenda para Oyà.
Material: Feijão fradinho; Camarão seco ralado; Cebola ralada; Azeite de dendê; 1 prato de barro ou louça.
Modo de fazer: Coloque o feijão de molho de um dia para o outro. Descasque o feijão um a um. Triture o feijão e misture com cebola ralada e o camarão seco socado, mexa por um tempo até que se obtenha uma massa firme. Coloque a massa para descansar coberta com um pano e com uma pedra de carvão dentro. Coloque +/- um litro de dendê em uma panela funda e deixe esquentar bem, faça bolos da massa de freijó com uma colher e coloque para fritar. Quando estiverem todos fritos, coloque no prato e deixe esfriar. Ofereça-os para Yansã. Faça seus pedidos.
Oferenda para Obà.
Material: Feijão fradinho; Cebola; Camarão seco socado; Azeite de dendê; Farinha de mandioca; 1Alguidar; Flores e velas coloridas.
Modo de fazer: Cozinha-se o feijão fradinho em água. Depois, mistura-se num refogado de cebolas raladas, camarão seco socado, azeite de dendê e água. Por cima coloca-se a farinha de mandioca, fazendo um pirão e coloca-se no alguidar. Deixe esfriar e enfeite com flores por cima do prato. Coloque nas margens de um rio e acenda as velas coloridas pedindo o que se quer a Obá. Sendo por muitos divindade interligada ao amor.
Oferenda para Ò sun.
Material: 5 batatas doces brancas; mel de abelhas; velas amarelas; prato branco; fitas coloridas.
Modo de fazer: Coloque as batatas para cozinhar em água até que fiquem bem molinhas. Deixe esfriar e amasse estas batatas com mel pedindo o que se quer. Tenha muita concentração em amassar, depois de amassado, coloque no prato e molde um coração com a massa. Depois enfeite com flores e fitas. Ofereça à Oxum em uma lagoa ou riacho. Esta oferenda é muito eficaz em casos amorosos.
Oferenda para Logùnédè.
Material: Milho vermelho; Feijão fradinho; Azeite de dendê; Cebola; Camarão seco socado; 1 Alguidar; 1 inhame; ovos cozidos; coco; mel de abelhas.
Modo de fazer: Cozinha-se o milho vermelho só em água. Separado, cozinha-se o feijão fradinho, também só em água. Refoga-se o feijão fradinho com azeite de dendê, cebola ralada e camarão seco socado. Coloca-se o feijão em uma metade do alguidar e, na outra, o milho vermelho cozido. Frita-se o inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se com ovos cozidos em rodelas, fatias de coco e coloca-se bastante mel de abelhas por cima. Pede-se o que se quer e oferece-se ao Orixá Logun Edé.
 FONTE:http://yemanjaogunte.no.comunidades.net

ORAÇÃO DE XANGÔ


PRECE PARA XANGÔ

Oh! Senhor dos Trovões. Pai da justiça e da retidão. Orixá que abençoa os injustiçados e castiga os misteriosos e caluniadores. Defenda meu Senhor, minha casa, minha família dos inimigos ocultos, dos ladrões e dos mentirosos.
Oh! Xangô roga-te as vibrações de amar e misericórdia, Pai da dinastia humana, livra-me de todo escândalo.
KAÔ CABECILE!
ORAÇÃO PARA XANGÔ
Poderoso Orixá de Umbanda,
Pai, companheiro e da Justiça.
Auxiliar da Lei do Carma,
Só tu, tens direito de acompanhar pela eternidade,
Todas as causas, todas as defesas, acusações e eleições,
Promandas das ações desordenadas, ou dos atos impuros e benfazejos que praticamos.
Senhor de todos os maciços e cordilheiras.
Símbolo e sede da tua atuação planetária no físico e astral.
Soberano Senhor do Equilíbrio, da equidade,
Velai pela inteireza do nosso caráter.
Ajude-nos com sua prudência.
Defenda-nos das nossas perversões,
Ingratidões, antipatias, falsidades,
Incontenção da palavra e julgamento indevido dos atos
Dos nossos irmãos em humanidade.
Só Tu és o grande Julgador.
Kaô Cabecilê Xangô.

ORAÇÃO A XANGÔ
Bondoso São Jerônimo, o vosso nome Xangô, nos terreiros de Umbanda, desperta as mais puras vibrações. Protejei-nos, Xangô, contras os fluidos grosseiros dos espíritos malfazejos,
Amparai-nos momentos de aflição, afastai de nossa pessoa todos os males que forem provocados pelos trabalhos de magia negra.
Rogamos-vos, também, São Jerônimo, usar de nossa influência caridosa junto às mentes daqueles que por ambição, ignorância ou maldade, praticam o mal contra os seus irmãos,
Afastando-os do erro e conduzindo-os a pratica do bem.

Assim seja!

Kaô Cabecilê

ORAÇÃO DE XANGÔ
Kaô meu Pai, Kaô
O Senhor que é o Rei da Justiça,
Faça valer por intermédio de seus doze ministros,
A vontade Divina,
Purifique minha alma na cachoeira.
Se errei, conseda-me a luz do perdão.
Faça de seu peito largo e forte meu escudo,
Para que os olhos de meus inimigos não me encontrem.
Empresta-me sua força de guerreiro,
Para combater a injustiça e cobiça.
Minha devoção ofereço.
Que seja feita a justiça para todo sempre,
É meu Pai e meu defensor,
Conseda-me a graça de receber sua luz e de receber sua proteção.
Kaô meu Pai Xangô, Kaô.

ERVAS DE XANGÔ












                                       XANGO É MEU PAI

             DEUS DA JUSTIÇA


             PEDREIRAS DE XANGO

  

                                                 


ERVAS DE XANGÔ







                   ERVAS DE XANGÔ

Alevante – Levante: Usada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza de filhos de santo. Não possui uso na medicina popular.
Alfavaca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer.
Angelicó
Mil-homens: Tem grande aplicação na magia de amor, em banhos de mistura com manacá (folhas e flores), para propiciar ligações amorosas, aproximando os sexo masculino. A medicina caseira aplica-o como estomacal, combatendo a dispepsia. As gestantes não a devem usar.
Aperta-ruão: Os babalorixás a utilizam nas obrigações de cabeça; no caso dos filhos do trovão é usada a nega-mina. Tem grande prestígio na medicina popular como adstringente. As senhoras a empregam em banhos semicúpios, de assento, e em lavagens vaginais para dar fim à leucorréia.
Azedinha – Trevo-azedo – Três-corações: É popularmente conhecida como três corações, sem função ritualística. É empregada na medicina popular como combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Caferana-Alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é ótima combatente de febres palustres ou intermitentes; poderoso vermífugo e energético tônico.
Cavalinha – Milho-de-cobra: Aplicada nas obrigações de cabeça, nos abô e como axé nos assentamentos dos dois orixás. Não possui uso na medicina popular.
Eritrina – Mulungu: Tem plena aplicação nas obrigações de cabeça e nos banhos de limpeza dos filhos de Xangô. Na medicina caseira é aplicada como ótimo pacificador do sistema nervoso e, também, contra a bronquite.
Erva-das-lavadeiras – melão-de-São-Caetano: Não possui utilização nas obrigações do ritual. O uso popular o indica como sendo de grande eficácia no combate ao reumatismo. É vigoroso antifebril, debela ainda, doenças das senhoras, em banhos de assento.
Erva-de-São-João: Utilizada nas obrigações de cabeça e nos banhos de descarrego. A medicina caseira, indica-a como tônico para combater as disenterias. Aplicam-se no tratamento do reumatismo. Usa-se o chá em banhos.
Erva-grossa – Fumo-bravo: Empregada nas obrigações de cabeça, particularmente nos ebori e como axé do orixá. A medicina caseira indica as raízes em cozimento, como antifebril, as mesmas em cataplasmas debelam tumores. As folhas agem como tônico combatendo o catarro dos brônquios e pulmões.
Mimo-de-vênus – Amor-agarradinho: Aplica-se folhas, ramos e flores, em banhos de purificação dos filhos de Oyá. Muito usada na magia amorosa, circundando um prato e metade para dentro do prato e metade para fora; regue a erva com mel de abelhas e arrie em uma moita de bambu. Não possui uso na medicina caseira.
Morangueiro: Aplicação restrita, já que se torna difícil encontrá-la em qualquer lugar. O povo a indica como remédio diurético, pondo fim aos males dos rins. É usada para curar disenterias e também recuperar pessoas que carecem de vitamina C no organismo.
Mulungu: Empregada em obrigações de cabeça, em banhos de descarrego e nos abô. O povo indica como pacificador dos nervos, propiciando sono tranqüilo. Tem ação eficaz no tratamento do fígado, das hepatites e obstruções. Usa-se o chá.
Musgo-da-pedreira: Tem aplicação nos banhos de descarrego e nas defumações pessoais, que são feitas após o banho. A defumação se destina a aproximar o paciente do bem.
Nega-mina: Inteiramente aplicada nas obrigações de ori, e nos banhos de descarrego ou limpeza e nos abô. O povo a aplica como debeladora dos males do fígado, das cólicas hepáticas e das nevralgias.
Noz-moscada: Seu uso ritualístico se limita a utilização do pó que, espalhado ao ambiente, exerce atividade para melhoria das condições financeiras. É também usado como defumador. Este pó, usado nos braços e mãos ao sair à rua, atrai fluidos benéficos. Não possui uso na medicina popular.
Panacéia – Azougue-de-pobre: Entra nas obrigações de ori e nos banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, e ainda debelar o reumatismo, em banhos.
Pau-de-colher – Leiteira: Usada em banhos de purificação de mistura com outras espécies dos mesmos orixás. A medicina caseira a recusa por tóxica, porém pode perfeitamente ser usada externamente em banhos.
Pau-pereira: Não é aplicada nas obrigações de ori, mas é usada em banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aplica nas perturbações do estômago e põe fim a falta de apetite. É fortificante e combate febres interminentes, e ainda tem fama de afrodisíaco.
Pessegueiro: É utilizado flores e folhas, em quaisquer obrigações de ori. Pois esta propicia melhores condições mediúnicas, destruindo fluidos negativos e Eguns. O povo a indica em cozimento para debelar males do estômago e banhar os olhos, no caso de conjuntivite.
Pixirica – Tapixirica: Aplica-se somente o uso das folhas, de forma benéfica. O povo a indica nas palpitações do coração, na melhoria do aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias.
Romã: Usada em banhos de limpeza dos filhos do orixá dos ventos. O povo emprega as cascas dos frutos no combate a vermes intestinais e o mesmo cozimento em gargarejos para debelar inflamações da garganta e da boca.
Sensitiva – Dormideira: Somente é utilizada em banhos de descarrego. O povo diz possui extraordinários efeitos nas inflamações da boca e garganta. Utiliza-se o cozimento de toda a planta para gargarejos e bochechos.
Taioba: Sem aplicação nas obrigações de cabeça. Porém muito utilizada na cozinha sagrada de Xangô. Dela prepara-se um esparregado de erê (muito conhecido como caruru) esse alimento leva qualidades de verduras mas sempre tem a complementá-lo a taioba. O povo utiliza suas folhas em cozimento como emoliente; a raiz é poderoso mata-bicheiras dos animais e, além de matá-las, destrói as carnes podres, promovendo a cicatrização.
Taquaruçu – Bambu-amarelo – Bambu-dourado: Os galhos finos, com folhas, servem para realizar sacudimentos pessoais ou domiciliares. É empregado ainda para enfeitar o local onde se tem Egun assentado. Não possui uso na medicina popular.
Tiririca : Sem aplicação ritualística, a não ser as batatas aromáticas, essas batatinhas que o povo apelidou de dandá-da-costa, levadas ao calor do fogo e depois reduzidas a pó que, misturado com outros, ou mesmo sozinho, funciona como pó de dança. Para desocupação de casas. Colocados em baixo da língua, afasta eguns e desodoriza o hálito. Não possui uso na medicina popular.
Umbaúba: Somente é usada nos ebori a espécie prateada. As outras espécies são usadas nos sacudimentos domiciliares ou de trabalho. O povo a prestigia como excelente diurético. É aconselhado não usar constantemente esta erva, pois o uso constante acelera as contrações do coração.
Urucu: Desta planta somente são utilizadas as sementes, que socadas e misturadas com um pouquinho de água e pó de pemba branca, resulta numa pasta que se utiliza para pintar a Yawô. O povo indica as sementes verdes para os males do coração e para debelar hemorragias.
FONTEhttp://yemanjaogunte.no.comunidades.net: 

ERVAS DE OXUM





Abiu-abieiro: Sem uso na liturgia, tem folhas curativas; a parte inferior destas, colocadas nas feridas, ajudam a superar; se inverter a posição da folhas, a cura será apressada. A casca da árvore cozida tem efeito cicatrizante.

Agrião-do-Pará – Jambuaçu
: É usado nas obrigações de cabeça e nos abô, para purificação de filhos; como axé nos assentamentos da deusa de água doce. A medicina caseira usa-o para combater tosses e corrigir escorbuto (carência de vitamina C). É, também, excitante.


Alfavaca-de-cobra
:
 É usada em todas as obrigações de cabeça. No abô também é usada, o filho dorme com a cabeça coberta. Antes das doze horas do dia seguinte o emplastro é retirado, e torna-se um banho de purificação. A medicina caseira a indica como combatente ao mau-hálito.
Arapoca-brancaSuas folhas são utilizadas nas obrigações de cabeça e nos abô; no Candomblé são usadas em sacudimentos pessoais. As casacas desta servem para matar peixes. A medicina caseira utiliza as folhas como antitérmico, contra febres. Age também como excitante.
Arnica-montana: Tem pouca aplicação na Umbanda e no Candomblé. Já na medicina popular ;e muito usada, após alguns dias de infusão no otin (cachaça). Age como cicatrizante, recompondo o tecido lesado nas escoriações.

Azedinha – Treco-azedo – Três corações
: É popularmente conhecida como três-corações, sem função ritualística, é apenas empregada na medicina popular como: combatente da disenteria, eliminador de gases e febrífugo.
Bananeira: Muito empregada na culinária dos Orixás. Suas folhas forram o casco da tartaruga, para arriar-se o ocaséo a Oxum. A medicina caseira prepara de sua seiva um xarope de grande eficácia nos males das vias respiratórias ou doenças do peito.
Brio-de-estudante – Barbas-de-baratas: Desta erva apenas a raiz é utilizada. Ela fornece um bom corante que é usado nas pinturas das yawo, de mistura com pemba raspada. A medicina popular utiliza o chá, meia hora antes de dormir, para ter sono tranqüilo.
Caferana-alumã: São utilizadas nas aplicações de cabeça e nos abô. Usado na medicina popular como: laxante, fazendo uma limpeza geral no estômago e intestinos, sem causar danos; é ótima combatentes; poderoso vermífugo e energético tônico.
Camará-cambará: Utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação. A medicina caseira a emprega muito em xarope, contra a tosse e rouquidão e ainda põe fim às afecções catarrais.
Camomila-marcela: Tem restrita aplicação nas obrigações litúrgicas. Entretanto, é usada nos banhos de descarrego e nos abô. No uso popular é de grande finalidade em lavagens intestinais das crianças, contra cólicas e regularizadora das funções dos intestinos. O chá das flores é tônico e estimulante, combate as dispepsias e estimula o apetite.
Cana-fístila – Chuva-de-ouroAplicada nos abô e nas obrigações de cabeça, usada também nos banhos de descarrego dos filhos de Oxum. Seu uso popular é contra os males dos rins, areias e ardores. O sumo das folhas misturado com clara de ovo e sal mata impigens.
Chamana-nove-horas – Manjericona: Usada em obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. O povo a utiliza em disenterias.
Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarréias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.
Erva-cidreira – Melissa: Sem uso na liturgia, sua aplicação se restringe ao âmbito da medicina caseira, que a usa como excitante e antiespasmódico, enérgico tônico do sistema nervoso. O chá feito das folhas adocicado ou puro combate as agitações nervosas, histerismos e insônia.
Erva-de-Santa-Maria: São empregadas em obrigações de cabeça e em banhos de descarrego. Como remédio caseiro é utilizada para combater lombrigas (ascárides) das crianças, também é ótimo remédio para os brônquios.
Ervilha-de-Angola – Guando: É empregada em quaisquer obrigações. O povo usa as pontas dos ramos contra hemorragias e as flores contra as moléstias dos brônquios e pulmões.
Fava-pichuri: No ritual da Umbanda e do Candomblé, usa-se a fava reduzida a pó, o defumações que trazem bons fluidos e afugenta Eguns. O povo usa o pó na preparação de chá, que é eficaz nas dispepsias e diarréias.
Flamboiant: Não é utilizado em obrigações de cabeça, sendo usado somente em algumas casas, em banhos de purificação dos filhos dos orixás. Porém suas flores tem vasto uso, como ornamento, enfeite de obrigação ou de mesas em que estejam arriadas as obrigações. Sem uso na medicina comercial.
Gengibre-zingiber: São aplicados os rizomas, a raiz, que se adiciona ao aluá e a outras bebidas. O povo a usa nos casos de hemorragia de senhoras e contra as perturbações do estômago, em chá.
Gigoga-amarela – Aguapê: Usado nos abô, nos ebori e banhos de limpeza, pois purifica o aura e afugenta ou anula Eguns. A medicina popular manda que as folhas sejam usadas como adstringente e, em gargarejos, fortalecem as cordas vocais.
Ipê-amarelo: Aplicada somente em defumações de ambientes. Na medicina popular é usada em gargarejos, contra inflamações da boca, das amígdalas e estomatite. O que vai a cozimento são a casca e a entrecasca.
Lúca-Árvore-da-pureza: Seu pendão floral é usado plena e absolutamente, em obrigações de ori dos filhos de Oxum. Não possui uso na medicina popular.
Macaçá: Aplicação litúrgica total, entra em todas as obrigações de ori nos abô e purificação dos filhos dos orixás. O povo a usa para debelar tosses e catarros brônquios; é usada ainda contra gases intestinais.
Mãe-boa: É erva sagrada de Oxum. Só é usada nas obrigações ritualísticas, que se restringe aos banhos de limpeza. Muito usada pelo povo contra o reumatismo, em chá ou banho.
Malmequer – Calêndula: É usada em todas as obrigações de ori e nos abô, e nos banhos de purificação dos filhos de Oxum. As flores são excitantes, reguladoras do fluxo menstrual. As folhas são aplicadas em fricções ou fumigações para facilitar a regra feminina.
Malmequer-do-campoNão é aplicada nas obrigações do ritual. Na medicina popular tem função cicatrizante de feridas e úlceras, colocando o sumo de flores e folhas sobre a ferida.
Malmequer-miúdo: Aplicado em quaisquer obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza dos filhos que se encontram recolhidos para feitura do santo. Como remédio caseiro, é cicatrizante e excitante.
Orriri-de-Oxum: Entra em todas as obrigações de ori, nos banhos de limpeza. O povo a indica como diurético e estimulador das funções hepáticas.
Vassourinha-de-botão: Muito usado nos sacudimentos pessoais. Não possui qualquer uso na medicina popular.
FONTE:http://yemanjaogunte.no.comunidades.net

A DEUSA OXUM


A Historia sobre Oxum


Oxum 

Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.


À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de  gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em orixá. 
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos.  Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante.

Características
Cor
Azul (Em algumas casas: Amarelo)
Fio de Contas
Cristal azul. (Em algumas casas: Amarelo)
Ervas
Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim (Estas últimas três não servem para banhos) (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva Sta. Maria).
Símbolo
Coração ou cachoeira
Pontos da Natureza
Cachoeira e rios (calmos)
Flores
Lírio, rosa amarela.
Essências
Lírio, rosa.
Pedras
Topázio (amarelo e azul).
Metal
Ouro
Saúde
Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Planeta
Vênus (Lua)
Dia da Semana
Sábado
Elemento
Água
Chakra
Umbilical (Frontal)
Saudação
Ai-ie-iô (ou Ora Ieiêô)
Bebida
Champanhe
Animais
Pomba Rola.
Comidas
Omolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de peixe e pirão feito com a cabeça do peixe)
Numero
5
Data Comemorativa
8 de dezembro
Sincretismo:
Nossa Senhora Da Conceição, Nossa Senhora Da Aparecida, Nossa Senhora Da Fátima, Nossa Senhora Da Lourdes, Nossa Senhora Das Cabeças, Nossa Senhora De Nazaré.
Incompatibilidades:
abacaxi, barata
Qualidades:
Apará, Ijimum, Iápondá, Ifé, Abalu, Jumu, Oxogbo, Ajagura, Yeye Oga, Yeye Petu, Yeye Kare,  Yeye Oke, Yeye Oloko, Yeye Merin, Yeye Àyálá, Yeye Lokun, Yeye Odo


 Atribuições
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
As Características Dos Filhos De Oxum
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão  feliz para definir a filha de  Oxum como o pesquisador da     religião    africana, o  francês  Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo  de  Oxum é  das mulheres graciosas  e  elegantes,  com paixão pelas  jóias, perfumes e vestimentas caras. Das  mulheres  que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e  sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social".
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade

Cozinha ritualística

Omolocum
Feijão fradinho cozido, passado no azeite de dendê com salsa picada e camarão seco também picado ou ralado. Coloca-se em tigela de louça branca, acrescentando de ovos cozidos por cima.
Com canjica branca
Canjica branca cozida em água pura sem sal e feijão fradinho cozido em água pura sem sal. Coloca-se, numa tigela de louça branca, uma camada de canjica, uma camada de feijão fradinho e, por cima, 3 ovos cozidos cortados em rodelas.

Lendas de Oxum
Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás Masculinos
Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva.  Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.
Como Oxum Criou O Candomblé
Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o orum (o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres, banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um pássaro sagrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês. Para alegria dos orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé.

Oxum É Destemida Diante Das Dificuldades Enfrentadas Pelos Seus
1.    Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir os instrumentos para a agricultura. Assim a cidade fica livre da fome e miséria.
2.    Oxum enfrenta o perigo quando Olorum, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Oxalufã e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Olorum. E consegue seu objetivo pela comoção de Olorum.
3.    Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá.
4.    Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olorum para que ele ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
5.    E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a querida Oiá.
A Riqueza De Oxum
Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna desejada para então se calar. E assim Oxum torna-se "senhora de tanta riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá feminino) jamais o fora".
Os Amores De Oxum
Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.
Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.
Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor. Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.

Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios
Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia;
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo  com Exú.

Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.

FONTE:http://yemanjaogunte.no.comunidades.net



    A DEUSA DO AMOR


ORIXÁ DAS ÁGUA DOCES DOS RIOS