terça-feira, junho 26, 2012

ANUBIS



ANÚBIS o deus com cabeça de chacal, o guia dos mortos. Mediador entre o céu e a terra. Guarda fiel dos túmulos e responsável pelos embalsamentos. Tinha seu centro de culto em Cinópolis.
Filho de Osíris e com Neftis, que era apaixonada pelo irmão e uma noite embebedou Osíris e se fez passar por Ísis, mas Neftis jogou a criança no rio Nilo, por medo de Seth seu marido saber. Isís foi quem salvou a criança e Anúbis passou a ser Guardião de Ísis.
Era o prenunciador da eminência da morte e podia prever o destino. Ele tinha poderes mágicos e divinos. Levava as almas para o outro mundo dentro de uma balsa.

Anúbis era também o deus da Medicina. Ele supervisionava o embalsamento e reconstrução dos corpos, recebia a múmia na tumba e realizava a cerimônia de abertura da boca e punha suas mãos sobre a múmia para protegê-la. Também supervissionava a pesagem da alma com a pena da Verdade. Seu julgamento fiel e imparcial era aceito por Thot, Maat, Horus e Osíris.

MAAT
Deusa da Verdade e da Justiça
Representada com uma pluma na cabeça. É filha de Rá, deus Sol, e de um passarinho que se apaixonou pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou, era Maat, “Os Olhos de Rá”.
Maat é esposa do deus Thot, deus da sabedoria, do tempo e da escrita.
MAAT protege os tribunais. Ela julga os mortos, pesa o coração humano.
‘“O QUE FIZERMOS AO OUTRO NOS SERÁ FEITO”
Ela julga os mortos, pesando o coração humano perante o Julgamento dos Mortos.
LIVRO DOS MORTOS
Os egípcios se preocupavam mais com a vida após morte. Havia no antigo Egito o importante LIVRO DOS MORTOS que relatava todo a espiritualidade egípcia e o processo do ritual de mumificação. Conta-se que neste guia havia fórmulas mágicas, orações e hinos, escrito com os hieróglifos em rolos de papiros que eram colocados nos túmulos dos falecidos, com objetivo de ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, afastando os perigos que poderiam encontrar na viagem para o Além. Os egípcios consideravam o Livro dos Mortos obra do deus Thot. Nele há 186 passagens cabalísticas que os Sacerdotes ajudavam a escolher. Cada pessoa recebia seu próprio papiro em sua morte, o mais famoso dos papiros é relatado a história do escriba Ani de Tebas (oficial do Faraó) e de sua esposa, este manuscrito foi escrito pelo próprio Ani e é chamado de "Papiro de Ani".
Após as experiências do Mundo dos Mortos, o falecido passaria para outra esfera, onde encontraria as pessoas amadas e haveria comunhão com os deuses.
RITUAL DE MUMIFICAÇÃO
(Anúbis mumificando Osíris)
As crenças dos antigos egípcios, mostradas nos papiros e esculpida nas pedras, revelam uma profunda preocupação com a morte. As pirâmides eram enormes tumbas para os reis, refletindo a obsessão da sociedade pela morte.
A mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas por Anúbis e duravam 70 dias.
Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocam as vísceras, o fígado, os pulmões, o estômago e o intestino em vasos sagrados chamados de VASOS CANOPOS, cada um sob a proteção de um dos quatro filhos de Hórus , eram também conhecidos como os quatro Gênios Funerários. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar.
Amset, com cabeça de homem, protege o fígado / Sul / deusa tutelar Ísis.
Hapi, com cabeça de babuíno, protege os pulmões / Leste / deusa tutelar Neit (deusa da caça).
Duamutef, com cabeça de cão (chacal), protege o estômago / Norte / deusa tutelar Néftis.
Kebehsenuef, com cabeça de falcão, protege os intestinos / Oeste / deusa tutelar Serket (deusa escorpião).
O coração era lacrado no próprio corpo. Os egípcios o consideravam como o órgão tanto da inteligência como do sentimento e da personalidade e portanto, seria indispensável na hora do juizo final. Somente à alguém com um coração tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osíris permitiria a entrada na vida eterna.
Os egípcios não davam nenhuma importância ao cérebro. Após extraí-lo através das narinas do morto, os embalsadores o jogavam fora.
Depois de secar o cadáver com sal de natrão, eles o lavavam e besuntavam com óleos e resinas conservadoras e aromáticas, os óleos eram usados para purificar o corpo e para agradar aos deuses. O ritual de aplicação de óleos deixava o corpo perfeito para ser usado na próxima vida. Logo após envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho, entre essas tiras eram colocados diversos amuletos para ajudar o morto na passagem para vida eterna, que protegiam contra inimigos e dêmonios do mundo subterrâneo.
Antes da múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote funerário celebrava a cerimônia da abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver à vida todos os sentidos do morto. Este ritual representava tanto o método pelo qual Hórus trazia seu pai Osíris à vida, assim como a abertura simbólica do renascimento da alma. Este ritual capacitava à alma a chegar no Hall do Julgamento no Mundo dos Mortos.
O nome da pessoa era gravado na base de uma estatua esculpida na intenção de criar um ser que teria vida permanente, assegurando a imortalidade, por acreditar-se que a pessoa também vivia através do nome. Esta estatua era colocada na tumba que servia para refúgio, caso a vida não pudesse permanecer na múmia. Nas tumbas esporadicamente eram colocadas oferendas ao morto, onde havia todo conforto que alguém poderia querer.
Havia um esplêndido conjunto de objetos religiosos e funerários: sarcófago, a máscara do morto, as deidades protetoras que guiariam o morto através do Mundo dos Mortos e os textos instrutivos e pinturas com as formulas mágicas e seus significados para o morto poder entrar na vida após a morte. Na tumba de uma pessoa comum poderia ter muitos corpos. Pessoas que não eram ricas frequentemente eram enterradas conjuntamente, na tumba esquecida de um aristocrata. Estes eram simplesmente embrulhados em linho e enterrados na areia.
Jogos eram um passatempo favorito no antigo Egito e muitos tabuleiros foram encontrados na tumba de Tutankhamon.
Para os egípcios era muito importante à vida após morte, eles acreditavam na existência de um outro mundo.
A vida eterna começa no túmulo, com uma viagem pelo mundo subterrâneo. Primeiro o Ka (Força Vital), deixa o corpo acompanhado após o enterro pelo Ba (Alma). Hórus conduz o Ba (Alma) através dos portais de fogo e da serpente até o Julgamento.
Anúbis juntamente com Ísis iam buscar o morto e faziam a travessia do rio Nilo em uma balsa até o O SALÃO DAS DUAS VERDADES, onde havia um tribunal e este era julgado por Osíris, Ísis, Thot, Maat e mais 42 deuses assessores. Onde o morto fazia 42 confissões negativas.
Assim colocado na balança o coração de um lado e uma pena do outro, o coração não podia ser mais pesado que a pena. Para os egípcios o coração representava a consciência do homem. Todas as ações boas e más ficavam gravadas no coração.
Quem não era condenado o Ka (Força Vital) voltava ao corpo e se fosse condenado era arremessado a Ammut (o mostro crocodilo) que o devorava e não haveria reencarnação.
Se o coração equilibra com a pena da verdade, o Ba e o Ka reúnem-se para formar um Akn, ou espírito, que emerge do mundo dominado pelo Osíris coroado. O Akn encontra a vida eterna.
"O Livro Egípcio dos Mortos".
A base dos dez mandamentos de Moisés é o Livro dos Mortos.

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