ANÚBIS
o deus com cabeça de chacal, o guia dos mortos.
Mediador entre o céu e a terra. Guarda fiel dos
túmulos e responsável pelos embalsamentos.
Tinha seu centro de culto em Cinópolis.
Filho
de Osíris e com Neftis,
que era apaixonada pelo irmão e uma noite embebedou
Osíris e se fez passar por Ísis, mas Neftis
jogou a criança no rio Nilo, por medo de Seth seu
marido saber. Isís foi quem salvou a criança
e Anúbis passou a ser Guardião
de Ísis.
Era
o prenunciador da eminência da morte e podia prever
o destino. Ele tinha poderes mágicos e divinos.
Levava as almas para o outro mundo dentro de uma balsa.
Anúbis
era também o deus da Medicina. Ele supervisionava
o embalsamento e reconstrução dos corpos,
recebia a múmia na tumba e realizava a cerimônia
de abertura da boca e punha suas mãos sobre a múmia
para protegê-la. Também supervissionava a
pesagem da alma com a pena da Verdade. Seu julgamento
fiel e imparcial era aceito por Thot, Maat, Horus e Osíris.
MAAT
Deusa
da Verdade e da Justiça
Representada
com uma pluma na cabeça. É
filha de Rá, deus Sol, e de um passarinho que se
apaixonou pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua
direção até morrer queimado. No momento
da incineração uma pena voou, era Maat,
“Os Olhos de Rá”.
Maat é esposa do deus Thot, deus da sabedoria, do tempo e da escrita.
Maat é esposa do deus Thot, deus da sabedoria, do tempo e da escrita.
MAAT
protege os tribunais. Ela julga os mortos, pesa o coração
humano.
‘“O
QUE FIZERMOS AO OUTRO NOS SERÁ FEITO”
Ela
julga os mortos, pesando o coração humano
perante o Julgamento dos Mortos.
LIVRO DOS MORTOS
Os
egípcios se preocupavam mais com a vida após
morte. Havia no antigo Egito o importante LIVRO
DOS MORTOS que relatava todo a espiritualidade
egípcia e o processo do ritual de mumificação.
Conta-se que neste guia havia fórmulas mágicas,
orações e hinos, escrito com os hieróglifos
em rolos de papiros que eram colocados nos túmulos
dos falecidos, com objetivo de ajudar o morto em sua viagem
para o outro mundo, afastando os perigos que poderiam
encontrar na viagem para o Além. Os egípcios
consideravam o Livro dos Mortos
obra do deus Thot. Nele há
186 passagens cabalísticas que os Sacerdotes ajudavam
a escolher. Cada pessoa recebia seu próprio papiro
em sua morte, o mais famoso dos papiros é relatado
a história do escriba Ani de Tebas (oficial do
Faraó) e de sua esposa, este manuscrito foi escrito
pelo próprio Ani e é chamado de "Papiro
de Ani".
Após
as experiências do Mundo dos Mortos, o falecido
passaria para outra esfera, onde encontraria as pessoas
amadas e haveria comunhão com os deuses.
RITUAL
DE MUMIFICAÇÃO
(Anúbis
mumificando Osíris)
As
crenças dos antigos egípcios, mostradas
nos papiros e esculpida nas pedras, revelam uma profunda
preocupação com a morte. As pirâmides
eram enormes tumbas para os reis, refletindo a obsessão
da sociedade pela morte.
A
mumificação e os rituais
funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas
por Anúbis e duravam 70 dias.
Após
a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores
colocam as vísceras, o fígado, os pulmões,
o estômago e o intestino em vasos sagrados chamados
de VASOS CANOPOS, cada um sob a
proteção de um dos quatro
filhos de Hórus , eram também conhecidos
como os quatro Gênios Funerários. Os vasos
eram colocados nos túmulos orientados para cada
um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados
a uma deusa tutelar.
Amset,
com cabeça de homem, protege o fígado /
Sul / deusa tutelar Ísis.
Hapi,
com cabeça de babuíno, protege os pulmões
/ Leste / deusa tutelar Neit (deusa da caça).
Duamutef,
com cabeça de cão (chacal), protege o estômago
/ Norte / deusa tutelar Néftis.
Kebehsenuef,
com cabeça de falcão, protege os intestinos
/ Oeste / deusa tutelar Serket (deusa escorpião).
O
coração era lacrado no próprio corpo.
Os egípcios o consideravam como o órgão
tanto da inteligência como do sentimento e da personalidade
e portanto, seria indispensável na hora do juizo
final. Somente à alguém com um coração
tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osíris
permitiria a entrada na vida eterna.
Os
egípcios não davam nenhuma importância
ao cérebro. Após extraí-lo através
das narinas do morto, os embalsadores o jogavam fora.
Depois
de secar o cadáver com sal de natrão, eles
o lavavam e besuntavam com óleos e resinas conservadoras
e aromáticas, os óleos eram usados para
purificar o corpo e para agradar aos deuses. O ritual
de aplicação de óleos deixava o corpo
perfeito para ser usado na próxima vida. Logo após
envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho,
entre essas tiras eram colocados diversos amuletos para
ajudar o morto na passagem para vida eterna, que protegiam
contra inimigos e dêmonios do mundo subterrâneo.
Antes
da múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote
funerário celebrava a cerimônia
da abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver
à vida todos os sentidos do morto. Este ritual
representava tanto o método pelo qual Hórus
trazia seu pai Osíris à vida, assim como
a abertura simbólica do renascimento da alma. Este
ritual capacitava à alma a chegar no Hall do Julgamento
no Mundo dos Mortos.
O
nome da pessoa era gravado na base de uma estatua esculpida
na intenção de criar um ser que teria vida
permanente, assegurando a imortalidade, por acreditar-se
que a pessoa também vivia através do nome.
Esta estatua era colocada na tumba que servia para refúgio,
caso a vida não pudesse permanecer na múmia.
Nas tumbas esporadicamente eram
colocadas oferendas ao morto, onde havia todo conforto
que alguém poderia querer.
Havia
um esplêndido conjunto de objetos religiosos e funerários:
sarcófago, a máscara do morto, as deidades
protetoras que guiariam o morto através do Mundo
dos Mortos e os textos instrutivos e pinturas com as formulas
mágicas e seus significados para o morto poder
entrar na vida após a morte. Na tumba de uma pessoa
comum poderia ter muitos corpos. Pessoas que não
eram ricas frequentemente eram enterradas conjuntamente,
na tumba esquecida de um aristocrata. Estes eram simplesmente
embrulhados em linho e enterrados na areia.
Jogos eram um passatempo favorito no antigo Egito e muitos tabuleiros foram encontrados na tumba de Tutankhamon.
Jogos eram um passatempo favorito no antigo Egito e muitos tabuleiros foram encontrados na tumba de Tutankhamon.
Para
os egípcios era muito importante à vida
após morte, eles acreditavam na existência
de um outro mundo.
A
vida eterna começa no túmulo, com uma viagem
pelo mundo subterrâneo. Primeiro o Ka
(Força Vital), deixa o corpo acompanhado
após o enterro pelo Ba (Alma).
Hórus conduz o Ba (Alma)
através dos portais de fogo e da serpente até
o Julgamento.
Anúbis
juntamente com Ísis iam buscar o morto e faziam
a travessia do rio Nilo em uma balsa até o O
SALÃO DAS DUAS VERDADES,
onde havia um tribunal e este era julgado por Osíris,
Ísis, Thot, Maat e mais 42 deuses assessores. Onde
o morto fazia 42 confissões negativas.
Assim
colocado na balança o coração de
um lado e uma pena do outro, o coração não
podia ser mais pesado que a pena. Para os egípcios
o coração representava a consciência
do homem. Todas as ações boas e más
ficavam gravadas no coração.
Quem
não era condenado o Ka (Força Vital) voltava
ao corpo e se fosse condenado era arremessado a Ammut
(o mostro crocodilo) que o devorava e não haveria
reencarnação.
Se
o coração equilibra com a pena da verdade,
o Ba e o Ka reúnem-se para formar um Akn, ou espírito,
que emerge do mundo dominado pelo Osíris coroado.
O Akn encontra a vida eterna.
"O
Livro Egípcio dos Mortos".
A
base dos dez mandamentos de Moisés é o Livro
dos Mortos.
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